Polícia prende dois suspeitos de iniciar confusão no Sambódromo de Santana

A polícia prendeu, no início da noite desta terça-feira (21), dois suspeitos de terem iniciado a confusão no Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo. Por volta das 18h40, um rapaz de 29 anos (integrante da Império da Casa Verde), e outro de 20 anos (integrante da Gaviões da Fiel) estavam detidos na delegacia dentro do sambódromo. O integrante da Casa Verde é suspeito de ser o rapaz que invadiu o setor dos jurados, pegou o papel com as notas, o rasgou e tentou fugir.

Segundo a polícia, os dois irão responder por danos ao patrimônio público. De acordo com o delegado Oswaldo Gonçalves, o integrante da Império da Casa Verde disse que rasgou as notas em sinal de protesto, pois o acordo da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo que não foi cumprido. O rapaz teria afirmado ainda que o acordo previa que nenhuma escola fosse rebaixada para o grupo de acesso devido à troca de dois jurados responsáveis pela apuração, ocorrida na quinta-feira (16).

Confusão

O “roubo” das notas deu início a uma pancadaria generalizada no Anhembi. Cadeiras foram jogadas e as grades que delimitavam as áreas exclusivas para a direção das escolas e o setor dos jurados foram quebradas. A Polícia Militar tentou conter a confusão, mas o número de policiais no local era pequeno, se comparado com o de torcedores.

Com isso, a apuração dos votos dado às escolas foi suspensa. Logo após o incidente, Solange Cruz Bechara, presidente da Mocidade Alegre, afirmou não saber se existia uma cópia da nota dos jurados (que foi rasgada) e afirmou que não considera sua escola a campeã do Carnaval.





– Não posso me pronunciar sobre uma coisa que não aconteceu.

Ela falou ainda que entende, em parte, o que aconteceu.

Eu entendo o lado de todo mundo porque o Carnaval é muito disputado e ninguém quer descer para o grupo de acesso, mas a violência não leva a nada.

Após a pancadaria, torcedores invadiram a pista local da marginal Tietê, sentido Castello Branco, que precisou ser interditada. Por volta das 17h50, eles seguiam pela via e deixava um rastro de depredação.

Incêndio

Durante a confusão, também foi registrado um incêndio no setor de dispersão do sambódromo, onde estão estacionado os carros alegóricos usados nos desfiles. Por volta das 18h10, as chamas que atingiam uma alegoria da Pérola Negra já tinham sido controladas com a ajuda de um caminhão-pipa. O diretor de marketing da Perola Negra, Jaime Roizen, acusou os torcedores da Gaviões da Fiel de terem ateado fogo em um dos carros da escola. De acordo com Roizen, várias pessoas viram os integrantes da Gaviões deixarem a arquibancada frustrados e passarem ao lado da dispersão colocando fogo nas alegorias. Apesar de corintiano, o integrante da Perola Negra defende a saída da Gaviões do Carnaval.

– Eles são um bando de baderneiros. Receberam milhões do Lula e do Governo Federal e não tiveram capacidade de fazer um desfile como o nosso. Por causa disso, vieram botar fogo no no sso sonho. Isso não se faz.

A reportagem tentou entrar em contato com a direção da Gaviões da Fiel, mas até a publicação desta notícia não conseguiu retorno.

Fonte: R7





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