Linkin Park rege coro de 27 mil pessoas em Santana

Fã que é fã sabe todas as letras das músicas de seus ídolos. A máxima foi comprovada no domingo (7), em São Paulo, durante o show do Linkin Park. Enquanto a cidade aguardava o resultado das urnas no primeiro turno das eleições municipais, 27 mil pessoas (segundo os organizadores) estavam no Anhembi para ver e ouvir o Linkin Park, e, principalmente, cantar junto com a banda. O público acompanhou em coro até mesmo as várias músicas de “Living Things”, novo disco do grupo, lançado em 2012.

Após um bem recebido show do Charlie Brown Jr, o sexteto americano entrou pontualmente às 21h (o show foi transmitido por um canal da TV a cabo), girou a chave de ignição e mandou “Faint”. Com um telão ao fundo, bateria no alto e os músicos se revezando entre o piso do palco e caixas que serviam como plataformas, o LP mostrou desde o início energia similar à que apresentou no festival SWU, na cidade de Itu (SP), há dois anos. Canções de “Living Things” como “Victimized” ganharam peso ao vivo.

Com mais de 15 anos de carreira, a banda desfila em discos e shows influências de vários gêneros. Nas vezes em que acerta, sabe dosar a mistura de metal, rap e música eletrônica e insere no resultado uma tonalidade pop. É este equilíbrio que faz com que as músicas do LP sejam tão cantadas. O primeiro grande hit só veio aos 50 minutos, com “Breaking the Habit”, mas os fãs passaram todos os outros 49 testando voz e pulmões em temas como “Somewhere I Belong” e “In My Remains”.





Ainda que tenha a maior parte de seu público formado por adolescentes e pós-adolescentes, boa parte da plateia era de jovens aparentando cerca de 30 anos. A balada “Leave Out All the Rest” levou muita gente destas duas gerações às lágrimas. “Numb”, melhor momento do Linkin Park no SWU, não teve tanto impacto frente a um público cerca de 60% menor do que naquele festival, mas ainda assim foi um dos pontos altos da apresentação no Anhembi. “What I’ve Done” e “One Step Closer”, esta com efeitos pirotécnicos na abertura, foram as duas últimas antes do bis.

A banda voltou ao palco com “Burn it Down” e efeitos visuais. Em “In the End”, o cantor e multi-instrumentista Mike Shinoda foi até o meio do público – no SWU, coube ao vocalista Chester Bennington descer do palco e chegar próximo ao povo. “Bleed it Out” completou o repertório, incluiu um trecho de “Sabotage”, do Beastie Boys, e foi encerrada com uma explosão.  Não teve “Crawling”, um dos principais hits, que o LP não tem mesmo tocado nesta turnê, mas foram 90 minutos de um show em que o público virou um coadjuvante que merecia troféu pela participação.

O Linkin Park ainda se apresenta segunda (8) e quarta (10), no Rio, e sexta (12), em Porto Alegre.

Fonte: UOL





Deixe seu comentário