As Raízes de Rom Santana na Bahia
Rom Santana nasceu no interior da Bahia, em Iramaia, onde suas raízes são profundamente ligadas à cultura e à música local. Este pequeno município, cercado pela natureza exuberante da Chapada Diamantina, é conhecido por sua rica tradição musical. Desde cedo, Rom teve contato com diversas manifestações culturais, principalmente aquelas que embalam as festas populares da região, como o forró e o pagodão.
Ao longo de sua infância, Rom se interessou por dançar e participar das celebrações que uniam a comunidade. Essas experiências não apenas moldaram seu gosto musical, mas também fortaleceram sua identidade cultural. Ele frequentemente menciona que a música sempre fez parte de sua vida, mesmo que, na juventude, ele nunca tivesse imaginado que poderia se tornar cantor. A influência do forró e do axé no cotidiano baiano fez com que ele desenvolvesse um gosto musical diversificado, que mais tarde se refletiria em seu estilo de apresentação.
Aos 17 anos, Rom decide se mudar para São Paulo, em busca de novas oportunidades de vida e uma carreira sólida. Essa transição marcaria um novo capítulo em sua vida, onde as tradições e influências da Bahia se encontrariam com a agitação cultural da capital paulista.

A Descoberta Musical no Bixiga
Ao chegar em São Paulo, Rom Santana começou sua trajetória em diversos trabalhos informais, incluindo como ajudante de pizzaria e motoboy. Contudo, o Bixiga, um dos bairros mais tradicionais da cidade, se tornaria o cenário da sua descoberta musical. O Bixiga é conhecido não apenas por sua forte presença cultural italiana, mas também por se tornar um caldeirão de influências musicais que atraem artistas de diferentes gêneros.
Foi no Bixiga, mais precisamente na Rua Treze de Maio, que Rom começou a apresentar sua música em pequenos bares e eventos locais. Ele gravou vídeos em casa, onde postava suas performances nas redes sociais, que rapidamente chamaram a atenção de um público crescente. Seus primeiros shows foram pequenos, mas a energia e a conexão com o público eram palpáveis. Esta fase inicial foi vital na construção da sua identidade artística e no engajamento com os jovens que frequentavam a cena musical local.
Rom descreve a magia desses momentos: “Cantar em festas e barzinhos era uma maneira de mostrar meu talento, mas também de me conectar com as pessoas. Eu queria que todos se divertissem e se sentissem representados pela minha música.” Esse espírito de comunidade ficou evidente em suas performances, onde ele não apenas cantava, mas interagia ativamente com o público.
O Impacto do Piseiro e do Pagodão
Com o reconhecimento que foi ganhando, Rom começou a se destacar por seu estilo musical que mistura o piseiro – uma nova vertente mais eletrônica e dançante do forró – com o pagodão baiano. Esse estilo chamou a atenção especialmente dos jovens de São Paulo, que se identificaram com suas batidas contagiantes e letras que falam sobre amor, festa e celebração.
O piseiro, que tem suas raízes nas festas juninas e no forró tradicional, conquistou um espaço significativo nas playlists das festas e celebrações urbanas. Ao se apropriar desse estilo e ao misturá-lo com a energia do pagodão, Rom Santana se tornou um dos principais representantes desse movimento em São Paulo, atraindo jovens de diferentes regiões da cidade para suas apresentações.
Rom menciona em várias entrevistas que não está apenas interessado em entreter as pessoas, mas também em transmitir uma mensagem de alegria e pertencimento. As letras de suas canções muitas vezes falam sobre experiências cotidianas, relacionamentos e festas, criando uma conexão imediata com o público. Suas canções _Teoria_ e _Dando Sarrada_, por exemplo, refletem a euforia e o espírito leve da juventude.
A Relação Pessoal com a Família
A trajetória de Rom não é marcada apenas por conquistas profissionais, mas também por um profundo anseio de reaproximar-se de sua família. Sua história mais sensível envolve o reencontro com sua mãe biológica, o que traz uma nova camada à sua vida pessoal e artística. Rom perdeu contato com sua mãe quando era muito jovem, e a música acabou se tornando uma ponte que o levou a reencontrá-la.
“A música me deu recursos para me aproximar dela, e hoje moramos juntos”, compartilha Rom emocionado. O reencontro foi um marco em sua vida, e atesta que, apesar do sucesso, ele valoriza as relações familiares e o amor que transcende a fama. Essa experiência de vida se reflete em suas canções, que muitas vezes abordam o tema da busca por amor e conexão.
Morar com a mãe também proporcionou a Rom um solaço equilíbrio, essencial para lidar com a pressão da vida pública e as exigências diárias de sua carreira musical. Isso fortalece a ideia de que, para Rom, o amor e a família estão no centro de tudo, e esse vínculo é vital tanto na sua vida pessoal quanto na sua arte.
As Descobertas durante o Sucesso
No último ano, a carreira de Rom deu um salto extraordinário, com uma agenda lotada e apresentações em diversos locais renomados de São Paulo e fora dela. Com esta ascensão, Rom também passou a enfrentar desafios e503 extraordinários, como a pressão da fama, as cobranças do mercado e a expectativa continuada de seus fãs. O sucesso trouxe novas descobertas sobre si mesmo, suas capacidades e limites.
Rom compartilha sobre a alegria de ver casas lotadas em seus shows e o carinho do público: “É sempre uma sensação surreal ver as pessoas me esperando, a energia é contagiante.” Ao mesmo tempo, ele também reflete sobre a responsabilidade que isso traz, pois a conexão com fãs exige autenticidade e empatia. Rom entende que cada apresentação é uma oportunidade de retribuir o amor que recebe e, por isso, se esforça para sempre entregar o seu melhor.
Ele diz que essa fase o ensinou a valorizar cada momento: “Lidar com o sucesso é um aprendizado constante. Aprendi a não perder minha essência e a valorizar cada conquista, por menor que seja.” Essa visão é outra faceta do artista que tem se mostrado como uma voz influente na cena musical, mas que nunca esquece suas raízes.
A Explosão de Shows e Apresentações
Nos últimos meses, Rom Santana viu sua carreira se expandir de maneira exponencial. Com cerca de 25 a 30 shows por mês, ele tornou-se uma figura constante na cena musical de São Paulo. Essa demanda crescente não só o colocou em diversas casas de shows, como também o levou a apresentações em grandes festivais e eventos, como o Carnaval de São Paulo.
A energia contagiante de suas apresentações, o jeito carismático e a interação com o público são características que fazem Rom se destacar. Ele utiliza frases de efeito, como o famoso ‘sinal do Felino’, que se tornou um simbolismo para seus fãs. Ele explica que essa interação é fundamental para criar a conexão com seu público: “Cantar para mim é uma troca com os fãs. Eles fazem parte da experiência inteira. Eu sempre dou meu melhor para que a energia do show seja única e memorável.”
Essa explosão de shows consolidou Rom como uma das promessas da nova música brasileira, reforçando sua relevância e auxiliando na construção de uma carreira sólida, que combina o frescor do novo com o peso das tradições musicais.
O Apelido ‘Felino’ e sua Origem
O apelido ‘Felino’ é um exemplo perfeito de como Rom Santana tem conseguido criar uma identidade única e cativante. Originado de seu signo – ele é leonino – o termo representa não apenas sua energia e carisma, mas também sua forma de se conectar com o público masculino e feminino. Ele chama os homens de ‘felinos’ e as mulheres de ‘felinas’, promovendo um senso de camaradagem e inclusão durante seus shows.
“Eu comecei a usar ‘Felino’ como uma forma de se conectar e fortalecer minha identidade. É algo que ressoa com as pessoas, e isso faz parte do jogo. Eu trouxe todos para perto de mim, minha intenção é criar um espaço onde todos se sintam bem-vindos”, explica Rom. Isso demonstra sua habilidade de se conectar com seu público em um nível mais profundo, transformando o show em uma verdadeira celebração da identidade e da cultura.
Essa escolha de apelido e bordão ressalta a visão de Rom sobre o ser artista e a importância do carisma e da presença em cena. É um lembrete de que a música vai além da performance; é sobre interação, amor e comunidade.
Os Sonhos e Desafios de um Cantor
Embora o sucesso venha acompanhando Rom em sua trajetória, os sonhos continuam a ser uma parte essencial de sua jornada. Ele deseja expandir ainda mais sua carreira musical, explorando novos horizontes e colaborando com outros artistas renomados. Um de seus maiores desejos é fazer uma parceria com Léo Santana, uma grande inspiração para ele.
Rom refere-se a Léo como sua maior referência e diz: “Gravar um feat com ele seria a realização de um sonho. Ele representa tudo o que eu admiro na música.” Além disso, Rom quer continuar a oferecer um conteúdo relevante e autêntico, que reflita suas raízes e sua identidade como artista baiano em São Paulo.
No entanto, os desafios vêm junto com os sonhos. O artista também menciona que a pressão para manter o sucesso tem sido intensa. “Às vezes, a cobrança é grande, mas tento não deixar isso afetar minha essência e o que faço de melhor, que é a música”, explica Rom. Este reconhecimento da pressão é um sinal de maturidade para um artista em ascensão, mostrando que ele está ciente dos desafios que virão.
Preparativos para o Carnaval 2026
Um dos principais eventos que Rom Santana está ansioso para os próximos anos é o seu Bloco do Felino, que fará sua estreia no Carnaval de São Paulo em 2026. Este evento representa não apenas a culminação de seus esforços, mas também a celebração de sua identidade e amor pela música. A agitação e o entusiasmo em torno dessa nova etapa são evidentes em suas declarações.
“O Carnaval é uma festa que eu sempre amei. Poder organizar meu próprio bloco é um sonho que estou prestes a realizar. Quero que seja um momento de celebração, alegria e conexão”. Com essas palavras, Rom demonstra o quanto está empolgado e engajado em criar uma experiência memorável para seus fãs e para a cidade de São Paulo.
Os preparativos envolvem a seleção de uma setlist especial e a colaboração com outros artistas locais para promover um desfile que traga tanto a tradição quanto a inovação do Carnaval. Rom aspira a imergir seus seguidores em uma atmosfera vibrante, onde a música e a dança e as tradições baianas se encontrem com as energias do coração de São Paulo.
A Conexão com o Público e o Carisma
A conexão com seu público é uma das maiores forças de Rom Santana. Desde suas primeiras apresentações, ele percebeu que o que mais amava era poder compartilhar um momento único de alegria e prazer musical. Essa capacidade de conectar-se com os fãs é o que o diferencia em uma cena musical saturada.
Rom estabelece um vínculo genuíno com seus fãs. Ele frequentemente desce do palco durante suas apresentações, interage, conversa e compartilha a energia do show. A empatia que demonstra faz com que o público se sinta parte de sua jornada, e a resposta a essa ligação é inegavelmente contagiante.
“Meu objetivo é fazer com que as pessoas se sintam bem, que elas deixem as preocupações de lado e se divirtam”, ele afirma com um sorriso. Essa mensagem positiva ecoa em suas letras e em suas performances. A alegria e o carisma de Rom tornam seus shows experiências memoráveis, e isso é parte fundamental da revolução que ele traz para a cena musical.
Para Rom, ser artista vai além de entreter; é sobre criar um espaço seguro e inclusivo onde todos possam se expressar e se divertir. Ele promove uma atmosfera de amor e respeito, e essa energia é o que o torna um verdadeiro líder em sua comunidade.
