Clube de Regatas Tietê Santana

O Clube de Regatas Tietê Santana foi uma agremiação de esportistas fundada em 1907 por Victor Leite Mamede e Júlio Ribeiro, membros da elite portuguesa presente na cidade de São Paulo. Em seu início, o clube tinha como principal esporte a regata, uma espécie de corrida entre barcos a vela. O clube se localizava às margens do Rio Tietê, em São Paulo.

Hoje a estrutura que foi produzida pelos seus sócios pertence à prefeitura de São Paulo e faz parte do Parque do Tietê. Um complexo esportivo aberto, com pistas de corrida e dois campos verdes, além de cinco quadras poliesportivas, sendo uma delas cobertas, e quadras de tênis.

Clube de Regatas Tietê Santana

Clube de Regatas Tietê Santana História

A história do Clube de Regatas Tietê se iniciou em 1907. No momento em que o Clube de Regatas São Paulo expulsou Victor Leite Mamede e Júlio Ribeiro do clube de natação. Com apoio de outros remadores presentes na elite portuguesa, os dois dissidentes do CRSP fundaram às margens do Rio Tietê o novo clube. Isso se iniciou pois os atletas de São Paulo que procuravam este tipo de esporte não tinham tanta facilidade na locomoção para as praias de Santos. Por isso, iniciaram-se organizações às margens do Rio Bandeirantes e Tietê para que suportassem essa demanda.

Sua localização se dava no Bom Retiro, colado ao rio. Em 105 anos de existência, o clube contou com honrarias invejáveis diante das outras entidades presentes na cidade. Perto das águas, suas maiores contribuições se deram no campo aquático na natação, remo e vela. As organizações eram dominadas pelo Clube Espéria, entidade que estava às margens do mesmo rio do outro lado da margem. Com o surgimento próximo de um novo clube, ambos passaram a ser rivais daquele pequeno recorte. Além disso, protagonizaram a cena paulista na primeira década do século passado ao criarem a prova de Travessia da Margem.

As competições eram realizadas na Região da Ponte Grande. O espaço era delimitado por pessoas e flutuadores com cordas e raias. Ao todo, eram provas de 150 a 300 metros e a prova mais famosa possuía uma extensão de 5500 metros (o que seria da Ponte das Bandeiras até a Ponte da Vila Maria). Em 1935, 1936 e 1947, a disputa foi vencida pelo jovem João Havelange (que mais tarde tornou-se presidente da Fifa).

Com o tempo, além da natação, os clubes passaram a ter rivalidades em outros esportes. Futebol, tênis, basquete, patinação e atletismo tornaram-se o carro-chefe desta agremiação. As cores do clube eram vermelhas e pretas, sendo chamados de “vermelhinhos da beira do rio”. Seu símbolo era uma bola vermelha, com bordas pretas e um “T” preto sombreado em seu centro.

Em seus melhores momentos, o clube contou com mais de 35 mil sócios. O clube ainda na década de 40 contava com ações sociais e para a população mais próxima permitia aulas e práticas dos esportes. A natação e o tênis tornaram-se tradição após os sucessos de Maria Lenk e Maria Esther Bueno. Airton Senna, foi um dos associados mais céleres.

Com a urbanização paulista, a ponte que ligava o Clube Espéria e o Clube de Regatas Tietê foi demolida para dar espaço às pistas que foram construídas. Com isso, as margens do Rio foram desaparecendo e os processos de dificuldade para a prática do esporte foram aparecendo.





Em março de 1972, as regatas, por exemplo, passaram a ser treinadas e competidas apenas na raia olímpica da USP, perto do Rio Bandeirantes, no Butantã.

Clube de Regatas Tietê Santana Falência

Na década de 1980, o Clube já passava por dificuldades financeiras em decorrência da falta de estrutura para suas atividades e, consequentemente, monetização. Os sócios já não se interessavam tanto pelo espaço e nem era mais rentável para aluguel de eventos. Sendo assim, a agremiação se viu obrigada a tentar uma concessão privada para que sustentasse os gastos e mantivesse o clube funcionando.

Com a ajuda de seus maiores atletas (Maria Lenk, Maria Esther e Abílio Couto), o envolvimento de seus sócios e a tradição do Clube Tietê, conseguiram mover com uma concessão de 30 anos de uma empresa. Em 2012, após uma série de brigas judiciais, o Clube Tietê contava com uma dívida trabalhista de quase 35 milhões de reais e foi obrigado a ser fechado. Seu patrimônio, prédio e 95 mil metros quadrados de terra foram confiscados e atribuídos a Secretaria do Esporte e Lazer do estado de São Paulo.

Clube de Regatas Tietê Santana Clube Escola

Recentemente, em busca de revitalização do espaço, o governo da cidade de São Paulo propôs junto ao Programa Clube Escola, a utilização do espaço ali presente. O ideal do projeto consiste em tornar o espaço público um instrumento norteador da política pública de ensino e aprendizagem, nas unidades esportivas administradas ou ligadas à SEME (Centros Educacionais e Esportivos – CEEs, Centros Educacionais Unificados – CEUs e Clubes da Comunidade – CDCs). Com as atividades atreladas a secretaria do esporte e lazer, as atividades propostas buscam planejar suas metodologias e mecanismos para a propagação e difusão do modelo institucional e técnico-pedagógico do Programa Clube Escola.

Clube de Regatas Tietê Santana Faculdade Zumbi dos Palmares

Além dos complexos esportivos pertences ao espaço que antes era do Clube do Tietê, houve, em 2003, a criação da Faculdade Zumbi dos Palmares. Esta instituição usufrui do parque, possui espaços acoplados a ele e também possui projetos na região do parque do Tietê. A Faculdade Zumbi dos Palmares é uma instituição comunitária, sem fins lucrativos, que visa a inclusão e a formação qualificada de profissionais e diversidade étnico racial.

Horário de Funcionamento Clube de Regatas Tietê em Santana

  • Segunda a Sexta das 08h às 18h

Endereço e Telefone Clube de Regatas Tietê em Santana

  • Av. Santos Dumont, 843 – Luz – São Paulo – SP
  • Telefone:  (11) 3227-8652

Mapa de localização





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